Movimento “Resiste Faetec” marca presença em audiência pública
- bixcoitodiario
- 8 de mai. de 2019
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Formado por estudantes, o movimento foi pressionar os deputados na Alerj
Por: Bárbara Coelho
Na terça-feira (30), a Comissão de Ciência e Tecnologia e a Comissão da Educação realizaram uma audiência pública para debater as demandas e perspectivas da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), no Auditório Senador Nelson Carneiro, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ). Os principais problemas discutidos foram precariedade da estrutura física das unidades e alimentação insuficiente disponível para os alunos.
Participantes do movimento “Resiste Faetec” estiveram presentes para pressionar os deputados e levantar algumas pautas. “As audiências públicas são resultado das ações do movimento, envolvendo sempre os deputados e denunciando a Faetec ao Ministério Público. Hoje, participamos das audiências trimestrais promovidas pela Comissão de Educação e buscamos fiscalizar as ações da rede. Alinhamos as necessidades da rede em âmbito geral, sem deixar de fora as particularidades de cada unidade”. O objetivo do movimento ao participar das reuniões na Alerj é mostrar para a sociedade que a Faetec continua forte. Através das redes sociais, eles convidam alunos, professores e pais para participar e ajudar na luta.

Na audiência, o presidente da Comissão da Educação, o deputado Flávio Serafini (Psol), defendeu a aprovação da lei dos duodécimos com a justificativa de que a expansão da rede nos últimos anos não foi acompanhada por um aumento de orçamento. “Podemos discutir uma emenda constitucional que garanta um orçamento mínimo. A lógica de expansão sem uma retaguarda de uma fonte de recursos nos preocupa”.
O movimento “Resiste Faetec” demonstra descontentamento com a infraestrutura das escolas, afirmando que muitas são construções do século passado e sequer estão tendo manutenção. “Não somos contra a inauguração de novas unidades, mas o problema é que estão priorizando os Centros Vocacionais Tecnológicos (CVT’s), enquanto as Escolas Técnicas Estaduais (ETE) estão respirando por aparelhos. Isso não é muito lógico para a gente”, diz o movimento.

Mãe do aluno Lucas Escada, da Escola Técnica Estadual (ETE) Juscelino Kubitschek, localizado no Jardim América, Ana Beatriz Escada afirma que as condições da rede Faetec são preocupantes. “Meus dois filhos mais velhos já formaram em escolas da Faetec. O último [o Matheus] formou recentemente e foi muito atrapalhado porque não tinha condição de estudar. Tinha unidade que estava funcionando sem certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros e isso é um absurdo. A situação atual também está muito ruim e não sei quando o Lucas vai formar ou até se ele continua na Faetec”.
Os membros fundadores do “Resiste Faetec”, os estudantes Rafael Joaquim e Cleverson Portilho (ETE Ferreira Viana), participam da coordenação geral e afirmam que o grupo está crescendo. “O movimento surgiu em 2016 durante as ocupações da Faetec. Em um primeiro momento, era formado apenas por um representante de cada unidade, mas hoje ele possui inúmeros grêmios e alunos interessados que exigem uma mudança radical de gestão”.
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