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Ministro da Educação é a favor em cobrar mensalidade na pós-graduação

  • bixcoitodiario
  • 29 de mai. de 2019
  • 2 min de leitura

Em sessão realizada na última quarta, 22, na Câmara dos Deputados, Abraham Weintraub defendeu a cobrança de cursos na pós-graduação


Por Dayane dos Anjos



Ministro da Educação sugere cobrança de mensalidade em pós-graduação | Foto: Reprodução


O ministro da Educação, Abraham Weintraub, defendeu, na última quarta-feira, 22, a cobrança de mensalidade na pós-graduação das universidades públicas, em cursos de mestrado e doutorado. A medida, que atualmente não é prevista em lei, foi discutida em uma sessão na Comissão de Educação realizada na Câmara dos Deputados e não seria para todos os cursos, mas para aqueles que têm “visão de mercado”, de acordo com Weintraub.


Segundo a graduada em Educação Física, Raphaela Barros, essa proposta não seria para todos os estudantes, mas sim para aqueles que possuem condição de pagar. “Essa medida seria uma porta aberta a quem pode pagar. A vaga não seria por mérito, mas por quantidade de dinheiro no bolso”, conta. Formada pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Raphaela diz ter vontade de se especializar, mas que se essa proposta for aceita, as condições de fazer uma pós seriam mínimas. “Minha área tem muitos campos e algumas especializações me enchem os olhos, mas se essa ideia for decretada, eu não teria a mínima condição de realizá-la.”


Para Rodrigo Luz, estudante de Letras da Uerj, essa proposta dificultaria o ingresso dos menos favorecidos aos cursos de pós. “Quem veio da classe mais pobre não teria acesso. Se para os menos favorecidos já é difícil de alcançar à universidade, quem dirá à pós-graduação. Esse governo tenta tirar lucro que é público”, diz. Rodrigo, que também deseja cursar uma pós, lamenta se essa ideia ir adiante. “Vejo meus sonhos e meu futuro encerrado se essa medida entrar em vigor.”


Hoje em dia, as universidades podem cobrar mensalidades de estudantes de pós-graduação lato sensu, medida autorizada no ano de 2017 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, os cursos stricto sensu, de mestrado e doutorado, continuam sendo obrigatoriamente gratuitos. Lembrando que os cursos de lato sensu compreende aqueles voltados para alguma especialização e, ao final, o estudante recebe um certificado. Já os cursos stricto sensu, são para quem pretende seguir uma carreira acadêmica e o aluno recebe um diploma.

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