Globoplay: a promessa do streaming nacional.
- bixcoitodiario
- 29 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Plataforma aposta em conteúdo para concorrer com as gigantes internacionais.
Por Beatriz Caetano

O Globoplay, plataforma do Grupo Globo, está investindo para concorrer com as grandes empresas de streaming internacionais. Em resposta à Netflix, que anunciou 30 produções no Brasil ao longo dos próximos dois anos, a empresa anunciou o lançamento de 20 produtos internacionais em seu catálogo. Romper o predomínio da concorrente americana é um desafio monumental, mas João Mesquita, CEO do Globoplay, declarou que a aposta é no conteúdo.
Uma pesquisa realizada pela Deloitte, empresa norte-americana de auditoria, aponta que o consumidor dedica mais de duas horas diante do televisor. Isso significa 39% do consumo audiovisual, dando quase a mesma importância ao streaming do que à televisão aberta e fechada juntas. O streaming é uma tecnologia que possibilita a transmissão de conteúdo multimídia pela internet, sem a necessidade de download.
O Brasil foi o primeiro mercado da Netflix depois do Estados Unidos. Os consumidores do país desempenharam um papel fundamental nos testes e aperfeiçoamento de tecnologias do serviço. Os dados da pesquisa, no entanto, representam uma vantagem estratégica para o Globoplay. Isso porque, além dos produtos importados, o catálogo da plataforma conta com produções próprias e um vasto acervo de séries, filmes e novelas do Grupo Globo. Para João Mesquita, é a exclusividade do conteúdo global que faz com que a plataforma não concorra diretamente com a Netflix. Os produtos da casa representam uma marca já bastante consolidada na cultural brasileira.

Para se aproveitar da vantagem, o Globoplay arrisca na interação com produtos recém lançados na televisão. Foi o caso das novelas Órfãos da Terra e A Dona do Pedaço. Ao término da transmissão de um capítulo, o espectador pode assistir ao próximo, inédito, no Globobay.
Desde o lançamento da plataforma, muita coisa mudou. O Globoplay tem hoje como foco os investimentos em produções originais e o licenciamento de conteúdos já exibidos para compor seu catálogo. "Não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona. Temos um caixa para investir que vai durar 10 anos, então corremos poucos riscos de mudar de estratégia.", afirmou Mesquita.
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